Vamos falar do sertanejo?
Eu vejo muita gente falando sobre esse assunto. Muita gente
criticando, com razão; e não. Existem pessoas que, infelizmente, não sabem analisar
uma informação recém-chegada.
Quando alguém diz que não gosta de algo, o ideal é que se
analise, pesquise e entenda o porquê de não gostar, ou gostar. Seria o mais lógico.
Não vou usar de hipocrisia. Há sim, muita coisa ruim dentro
da música, principalmente, no segmento sertanejo. Principalmente quando o
assunto é a letra da música.
Mas me diga, sinceramente... Será que a culpa desta
avalanche de porcarias introduzidas na música sertaneja, que é o assunto da
vez, é única e exclusiva do cantor/artista/compositor?
Em 2000, eu li uma matéria, uma declaração do Nelson Motta, que
incomodou diversos artistas do segmento, que dizia o seguinte:
“Os critérios para avaliar uma música popular são melodia,
letra, ritmo e harmonia. O sertanejo é praticamente zero em todos os quesitos.
Reconheço até que o gênero tem alguns intérpretes de grande talento, que sabem
cantar, mas as melodias são pobres e as letras são paupérrimas. O ritmo é
praticamente inexistente, são baladas melancólicas. Em termos de harmonia o
ritmo é indigente. Sobra muito pouco para o meu gosto, mas não quero convencer
ninguém, só falo o que acho.”
Se naquele tempo ele disse isso, o que será que ele diria,
AGORA?
Bom, voltando na questão da “culpa”, eu tenho uma opinião
formada. A culpa é nossa! Deveríamos aprender a selecionar, melhor, o que
queremos ouvir. O que ouvimos, é de total responsabilidade nossa.
Teremos que
nos acostumar e desviar do ruim, do que é tido como desagradável que virá, dentro da música
ou não. Eu tenho algumas “armas”, ouço música sertaneja, considerada boa. Um
exemplo: Jorge e Mateus. Não precisa ser fã pra dizer que eles são ótimos, que produzem boas músicas e com letras bonitas. É um fato.
A dica é... FAÇAM BOAS ESCOLHAS. Pode ser que seja verdade,
quando dizem que “Você é o que ouve”, né?